Randa Kamel

Randa prefere canções antigas, e não raro, diz seu marido, ela desenterra coisas muito antigas e solicita um novo arranjo, sempre conseguindo resultados excepcionais. Costuma dizer que qualidade não tem idade e aproveita o que já foi feito de bom no passado para se expressar no presente.
Ela dançou e estudou com o grupo Reda, mas iniciou seus estudos ou sua prática de dança ainda menina, com sete anos. Já adulta e estando na trupe viajou por diversos países como Noruega, Suécia, Espanha, USA e outros na Europa. Permaneceu no grupo por 7 anos o que lhe ofereceu base sólida no folclore e uma estrutura interessante para o desenvolvimento de sua carreira solo.
Quando perguntam sua preferência por bailarinas, costuma mencionar aquelas que a inspiram e o que fez a diferença na escolha de cada uma delas:
Samya Gamal por sua expressão em cena, Souhair Zaki por seu quadril mais do que fiel a música, Nagwa Fuad pelos braços e Mona Said e Naheed Sabry por seu estilo peculiar e envolvente.

Dançou no Sheraton Montaza e na Riviera da Alexandria, Kwait por sete anos, e por mais de 2 anos no Semiramis, no Cairo. Seu marido a apóia incondicionalmente na dança e sente pesar pela posição que a dança ocupa socialmente no Egito hoje, mas não se cansa de dizer que sua mulher está conseguindo ser reconhecida pela qualidade do seu trabalho, tanto em seu próprio país, como pelas estrangeiras que a procuram para aprender e apreciar a dança.
Ele sustenta que Randa tem um talento maravilhoso além do foco e concentração de uma verdadeira artista.
Em suas aulas Randa sempre intensifica a necessidade do sentimento e da expressão ao dançar.

Nascida em Mansoura, no Delta do Nilo, Randa tem a beleza típica das mulheres desta região. Seu marido Aemon, se orgulha em dizer que ela nasceu na mesma região de Souhair Zaki, e conta que se encontraram pela primeira vez na Alexandria. Apaixonaram-se e se casaram; tem um filho chamado Kareem.
Perguntada sobre o que determinaria o sucesso de uma bailarina, Randa diz:
“Antes de mais nada claro, vem o aprendizado da dança. A partir dele, e ainda mais essencial, é o amor por ela e pelo público, que vai determinar a capacidade ou não da bailarina, de estabelecer um contato real com aqueles que a assistem. A comunicação entre o público e a bailarina se manifesta quando aquela que dança sente este amor fluir através da música e o expressa em forma de movimento. Depois de sua estrutura individual o que ela precisa é uma boa orquestra, para ir de encontro as aspirações musicais que fazem a base de uma boa performance.”

Randa Kamel é uma das estrelas da dança do ventre no mundo. Não é à toa que tem sido requisitada constantemente para vir ao Brasil realizar workshops. Essa dançarina egípcia começou a dançar aos 16 anos de idade, e já soma dezessete anos de carreira!

Randa teve aulas com Raqia Hassan, Ibrahim Akeef, participou da Reda Troupe (Grupo Folclórico Egípcio), e desde cedo conquistou muito sucesso. Com seu estilo delicado, característico das dançarinas egípcias, Randa aliou um toque especial de carima e interpretação à sua performance. Ela é tida como uma das dançarinas mais catárticas atualmente, isto é, ela entra literalmente na música, e segundo alguns, consegue até mesmo fazer o público chorar com a sua dança.
Com tanto sucesso, Randa passou a ministrar aulas para o Ahlan Wa Sahlan Festival no Cairo, evento que anualmente atrai milhares de praticantes da dança do ventre no mundo em busca das últimas tendências do Egito.

fontes:

http://nahyme.multiply.com/reviews
http://www.dancadoventrebrasil.com/2010/03/randa-kamel.html

Videos: