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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ritmos.

Sempre achei dificil a compreensao e ate achar a explicaçao sobre Ritimos,que sao muito importantes para qualquer dançarina,principalmente,qdo se for utilizado algum instrumento.Entao vamos a eles... Ayubi É o nome de uma rádio show no Cairo, que deu origem ao nome deste ritmo. É um ritmo de compasso 2/4. Pode ser cantado ou não, lento ou rápido. Em sua versão lenta ele é mais utilizado para uma dança folclórica chamada Zaar .Em sua versão acelerada está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbak e folclóricas, que são as versões mais utilizadas pra Dança do Ventre. Nas músicas clássicas aparece geralmente nas entradas e finalizações, e também em momentos de transição. É um ritmo linear, curto, constante, sem modificações, portanto não leva muito à inspiração, à diversificação. Pode ser cantado assim: KA DUM KA DUM Baladi Ritmo de compasso 4/4. Em árabe baladi significa meu povo, minha terra, terra natal, meu país, urbano, minha cidade, ou seja, tudo que tenha origem popular. É um ritmo em homenagem à terra, ao campo. É importante e bem conhecido no Líbano. Pode ter diferentes velocidades (mais lenta ou mais rápida). Presente em músicas modernas, clássicas e folclóricas (dança baladi), assim como em solos de derbak. Para cantá-lo: DUM DUM TAKATA DUM TAKATA. Falahi Ritmo de compasso 2/4. É a versão rápida do maqsoum, por isso é um ritmo constante e acelerado. Segundo a bailarina e professora Hayat El Helwa, “falahi vem de Falahim, nome dado aos camponeses egípcios que para amenizar o árduo trabalho, costumam dançar e cantar durante a preparação do solo para nova semeadura e novas colheitas”. Estes camponeses geralmente moram no interior do Egito e exercem atividades de agricultura ou de pastoril de cabras e camelos. É um ritmo geralmente tocado em danças folclóricas egípcias, principalmente aquelas ligadas às colheitas, como a dança do Jarro, a dança Gawazi e a dança dos pescadores. Pode ser cantado assim: DUM TATA DUM TA. Malfuf Compasso 2/4. Ritmo de origem egípcia, em que a palavra malfuf significa enrolado ou embrulhado. É um ritmo constante e curto, porém pode ser acelerado ou calmo. Em sua versão acelerada é usado na entrada e na saída de cena da bailarina, principalmente nas músicas clássicas árabes. Neste caso, a bailarina pode abusar dos giros e deslocamentos. Na versão acelerada aparece também em músicas modernas e em músicas folclóricas, como é o caso da dança Hagalla, Dabke, Meleah Laff. Em sua versão mais lenta pode ser usado na dança do candelabro. Pode aparecer ainda em alguns momentos no solo de derbak. Para cantá-lo: DUM TATA. Maqsoum Compasso 4/4. O nome do ritmo significa “algo que foi partido pela metade”. Parecido com o ritmo Baladi, mas possui apenas um Dum no início da frase, enquanto que o Baladi inicia-se com dois Duns. É um ritmo muito utilizado no Egito, e é mais acelerado que o Baladi. Possui uma versão lenta e uma rápida. Tocado geralmente em músicas modernas, podendo aparecer também em solos de derbak. Pode ser cantado assim: DUM TAKATA DUM TAKATA. Said Ritmo de compasso 4/4. Said é o nome de uma região ao norte do Egito, onde originou-se tal ritmo. É um ritmo muito importante no pais, bem marcado e alegre, com batidas fortes. No Said há dois Duns no meio da frase, ao contrário do Baladi onde os dois Duns são no início. Presente em músicas clássicas, solos de derbak, músicas folclóricas e na maioria das músicas modernas (cantadas ou não). Nas folclóricas ele é ideal para a dança da bengala ou do bastão masculina (Tahtib). Nestes dois casos é geralmente acompanhada pela flauta mizmar. Ritmo também usado na dança Dabke e tocado ainda para a dança dos cavalos, em que estes marcam as batidas mais fortes do ritmo com batidas de suas patas no chão. Pode ser cantado assim: DUM TAK DUM DUM TAKATA Masmud Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o Baladi, porém é mais longo, pois seu compasso é de 8/4, enquanto o Baladi é 4/4. Teve origem em Andaluzia. Uma de suas versões inicia-se com dois duns e a outra com três duns. Assim, podem ser chamadas respectivamente de Masmudi 2 duns, e Masmudi 3 duns. É muito utilizado em músicas clássicas, e às vezes em solos de derbak. Geralmente é lento, o que favorece movimentos de braços, mãos e movimentos ondulatórios. Para cantá-lo: DUM DUM DUM TAKA DUM TAKA TAKA. Soudi Compasso 2/4. Ritmo surgido na Arábia Saudita e nos países do Golfo Pérsico (Jordânia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, etc). Pode ter velocidade mais rápida ou mais lenta. É característico da dança folclórica khaleege, originária dos mesmos países de onde surgiu o ritmo. Esta dança geralmente está presente em festas femininas, casamentos, festas familiares. Tem como alguns cantores mais populares: Mouhammad Abdo, Taalaal Maadah e Abdel Majeed Abdallah. É também tocado em solos de derbak. Para cantá-lo: TAKATA DUM TA DUM. Tschifftitilli Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o ritmo Whada wa noz, mas seu final é diferente, pois termina com DUM TAKATA. É um ritmo turco, usualmente lento e moderado. Presente geralmente em taksins (ver texto sobre instrumentos), em solos de derbak e em músicas clássicas. Pode ser cantado assim: DUM TAKA TAKA DUM TAKATA. Whada ah noz Ritmo de compasso 8/4. O nome significa um e meio. Parecido com o ritmo Tschifftitilli, mas seu final é diferente, pois termina com DUM DUM TA. Ritmo lento, às vezes tocado em solos de derbak, às vezes em músicas clássicas, às vezes em taksins. Em taksins aparece geralmente junto com instrumentos de sopro ou corda. Em solos de derbak aparece como um início lento. Já nas músicas clássicas aparece como um preparo para algo mais, geralmente para uma parte mais grandiosa da música. É um ritmo que possibilita movimentação mais lenta da bailarina, como ondulações, redondos, oitos, movimentos de mãos e braços. E como ele incita movimentos lentos, geralmente é possível realizar a dança da espada, dança no chão, dança com taças, dança com véu, etc. Para cantá-lo: DUM TAKA TAKA DUM DUM TA. Zaffe Ritmo de compasso 4/4. É um ritmo lento, específico para casamentos, usado geralmente para a dança do candelabro. Nesta dança geralmente a bailarina entra como num cortejo em casamentos antes dos noivos. Pode ser cantado assim: DUM TAKATATA DUM TATA.

Um comentário:

MODERAÇÃO ESTUDOS DE DV E TRIBAL disse...

Eu acho ritmos um dos calcanhares de aquiles da Dança do Ventre.
Julgo muito importante as professoras ensinarem desde o nível básico o reconhecimento dos ritmos, bem como leitura musical, tempo na dança, etc.
A teoria é muito importante tb. O q se vê hoje em dia é aulas de dv onde o pessoal só quer dança, dança, dança, coreografia, coreografia, coreografia, apresentação, apresentação, apresentação. E muitas professoras relaxam e não dão a devida importância a teoria de um modo geral, até bem porque muitas tentam, mas as alunas não se interressam.
Cabe a nós, aprendizes de dança do ventre, questionar, perguntar, arguir, e porque não, procurarmos estudar com as diversas ferramentas q temos disponíveis hoje (livros, blogs, fóruns de discussão, internet, dvds, etc).
Começamos pelo conhecimento teórico dos ritmos e em seguida, partirmos pra experimentação e prática na dança.
AKI NOS RITMOS TEM ASSUNTO PRA MAIS DE METRO! rsrsrsrsrs.

Musica que eu amo!!!

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